Sua empresa está preparada para contratar um trabalhador Autista?

A inclusão de um autista no mercado de trabalho é garantida pela mesma lei que determina a participação mínima para portadores de qualquer deficiência. A Lei Berenice Piana, número 12.764, do ano de 2012, abriu as portas para o reconhecimento do autismo no rol das demais deficiências.

O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, 2 de abril, foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2007. Essa data foi escolhida com o objetivo de levar informação à população para reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O autismo é uma condição de saúde caracterizada por desafios em habilidades sociais, comportamentos repetitivos, fala e comunicação não-verbal; entretanto, terapias adequadas a cada caso podem auxiliar essas pessoas a melhorar sua relação com o mundo.

Há alguns anos, falar sobre autismo no mercado de trabalho ainda poderia ser encarado como um tabu. Hoje se sabe que trabalhar a diversidade dentro do ambiente corporativo traz muitos benefícios para as equipes.

Neste artigo vamos mostrar como sua empresa pode se preparar para receber melhor um trabalhador Autista.

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Autistas e o mercado de trabalho no Brasil

Ingressar no mercado de trabalho é fundamental para que a pessoa consiga ser independente, tenha autonomia e liberdade para realizar seus sonhos e alcançar seus objetivos pessoais. Com as pessoas com o TEA não é diferente.

A OMS avalia que há no mundo cerca de 70 milhões de pessoas com autismo. No Brasil, ainda não é possível quantificar as pessoas que possuem o espectro, pois somente em 2019 foi sancionada a lei que prevê a inclusão de perguntas sobre o TEA no censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Site externo (IBGE).

O IBGE acredita que cerca de 85% dos autistas brasileiros estão fora do mercado de trabalho. É possível que a principal motivação para um número tão baixo aconteça por causa da ideia de imprevisibilidade dessas pessoas.

Mesmo que eles desenvolvam as suas potencialidades desde cedo, ainda há muita falta de informação e preconceito que podem barrar as chances de um autista conseguir um emprego e se manter no mercado de trabalho.

Liliane Rocha, autora do livro Como ser um líder inclusivo, o que explica a lacuna da participação dos autistas nas empresas é a visão de um ser “exótico”, que não se encaixa em padrões vigentes. Para a autora, a inclusão de profissionais com autismo no mercado de trabalho é capaz de gerar tanto resultado quanto o que se espera dos demais colaboradores.

Como deve ser o espaço de trabalho

Para conseguir um emprego, um adulto com autismo provavelmente passará por mais obstáculos, testes e avaliações do que as pessoas neurotípicas. Além disso, os sinais do autismo podem se tornar um empecilho em muitas situações relacionadas ao trabalho.

Contudo é importante entender que empregar um autista, apesar de ser viável em muitos aspectos, precisa de adaptações tanto no local, quanto no modo de trabalho, pois isso minimiza as dificuldades naturais da condição.

Outro ponto que deve ser observado é sobre preparar a equipe para receber o novo profissional. As lideranças devem disseminar informações úteis sobre a condição de alguém com TEA, e incentivar o respeito às possíveis situações de isolamento e dificuldade de expressão.

Aptidões comuns em autistas

Uma coisa que pode ser muito eficaz é atribuir ao autista apenas tarefas que demandem alta concentração, baseadas nas melhores habilidades dessa pessoa.

Abaixo, alguns exemplos de aptidões bastante comuns entre pessoas com TEA:

  • Habilidades de lidar com questões lógicas e matemáticas;
  • Inclinações para serviços visuais;
  • Maior disposição às atividades repetitivas e metódicas, que possam manter uma rotina diária;
  • Trabalhos que envolvam regras, padrões e conceitos muito bem definidos;
  • Habilidade de lembrar fatos a longo prazo.

O autismo e as dificuldades sociais

Um fato que devemos ter em mente é o de que grandes empresas tomam consciência social, preparam o espaço e contratam cada vez mais pessoas com TEA. Mas a realidade pode ser muito mais difícil para autistas que vivem fora dos grandes centros ou que vivem em situação de baixa renda.

No último caso, há ainda mais precariedade em relação ao diagnóstico. Para contratação de autistas, as empresas geralmente exigem um diagnóstico formal, e para chegar ao enquadramento clínico, são necessárias diversas análises que vão desde um pediatra até avaliações de psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos, entre outros.

Uma família de baixa renda, que depende apenas do SUS, pode acabar desestimulada a continuar tratamentos essenciais, devido, principalmente, à demora de liberação de vagas no sistema público.

Além disso, já se sabe que quando o tratamento começa cedo, a criança tem mais chances de que seu desenvolvimento permita, mais tarde, uma melhor adaptação em escolas, universidades e, consequentemente, a entrada no mercado de trabalho.

Por isso a importância de conhecermos mais a fundo sobre todas as questões que envolvem esse profissional.

Autistas na universidade

Não há como falar de mercado de trabalho sem falar de educação. Afinal, para entrar num mercado extremamente competitivo, ainda é preciso que a pessoa autista tenha oportunidade nas universidades, cursos técnicos e outros modos de aperfeiçoamento profissional.

No Brasil, não existe lei que garanta cotas para pessoas com deficiência para ingresso nas universidades, apenas para concursos públicos. Para uma pessoa autista conseguir uma vaga, ela deverá passar pelo mesmo processo de ampla concorrência.

O Censo da Educação Superior de 2019 contabilizou pouco mais de 1.500 autistas matriculados nas universidades, número que talvez seja ainda maior na prática, se considerarmos que muitas pessoas não declaram o transtorno perante a faculdade.

Entretanto, algumas universidades também vem se adaptando a essa realidade através da formação de professores para se adaptar às diferenças de cada aluno, currículos flexíveis, com adaptações e criação de novas metodologias de ensino, além de estímulos ao convívio social e à integração.

Vantagens de se contratar um colaborador com TEA

Algumas vantagens que as empresas observam em empregados com autismo:

  • As pessoas com autismo têm facilidade em trabalhar com atividades rotineiras e processos padronizados;
  • São avessos ao descumprimento de normas estabelecidas no ambiente de trabalho;
  • Se atrasam menos e são mais focados nas atividades;
  • Possuem alta capacidade de memorizar dados e processos relativos à sua atividade laboral;
  • Gostam de manter o ambiente de trabalho limpo e organizado;
  • São profissionais que se motivam com facilidade em relação às tarefas propostas;
  • São capazes de ir além para buscar informações para completá-las;
  • Pensam de forma diferente e podem dar respostas que fujam do pensamento convencional;
  • Podem apresentar habilidades e conhecimento aprofundado em determinadas áreas.
  • Para quem tem o TEA, trabalhar ajuda na melhoria do desempenho cognitivo e garante maior qualidade de vida para o autista e sua família, além de melhorar suas condições financeiras.

Crachá de identificação do colaborador autista

Nem todas as deficiências são visíveis. Algumas estão ocultas e não são imediatamente óbvias, como transtorno do espectro autista, dificuldades de aprendizagem, mobilidade, fala, deficiência visual ou auditiva, entre outras.

Viver com uma deficiência oculta pode tornar a vida diária mais complicada e pode ser difícil para outras pessoas conseguir identificar, reconhecer ou compreender os desafios que você enfrenta. Por isso, o uso dos cordões ajuda a todos na identificação para pessoas com deficiências ocultas.

O Cordão de Quebra Cabeça é um acessório de padrão internacional para a identificação de pessoas com autismo. É uma forma útil e discreta de identificar pessoas com, facilitando e ajudando para que possam ser identificadas e receber tratamento especial, ajuda e compreensão, fazendo valer seus direitos garantidos por lei.

É muito utilizado em escolas, hospitais, aeroportos, e pode ser utilizado em todos os lugares para a identificação de um autista.

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Os autistas e os desafios das empresas para os próximos anos

Como vimos, são muitos os desafios que autistas e empresas enfrentam até chegar realmente à contratação. O desafio para os próximos anos é dar suporte social às pessoas com autismo com oportunidades que melhorem a expectativa de vida dessas pessoas.

A longo prazo, é preciso que a estrutura seja plenamente estabelecida desde o ensino básico, até chegar, de fato, ao mercado de trabalho e, após isso, em sistemas que permitam uma aposentadoria com qualidade.

Pensar nisso e criar políticas de inclusão para pessoas autistas dentro das organizações ajuda muito e faz toda a diferença na construção de uma sociedade melhor.

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