Ecossistemas Empresariais: A Revolução Nos Negócios

O conceito de ecossistemas empresariais consiste em pensar em um negócio não apenas como parte de uma única, mas como um pedaço de um ecossistema de negócios que atravessa uma variedade de organizações. Nesse “meio ambiente”, composto por produtores, fornecedores e concorrentes, as empresas trabalham cooperativamente e competitivamente para evoluir suas capacidades, criar novos produtos, satisfazer as necessidades do cliente.

A inserção de uma organização em um ecossistema tem um caráter estratégico, pois em um contexto de contínua mutação, decisões e estratégias devem ser implementadas. Tudo isso com um cenário de profunda incerteza, então ser participante ativo de um ecossistema representa a possibilidade de compartilhar competências, investimentos e criação de valor para a sociedade.

A constituição de um ecossistema tem entre suas finalidades essenciais a criação de um contexto dinâmico, caracterizado pelo fluxo contínuo de informações, recursos e conhecimentos potencializadores de inovação.

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Como funcionam ecossistemas?

Você já deve ter ouvido esse termo nas aulas de Biologia para definir a relação entre os seres vivos e o meio ambiente. Agora a expressão passou a representar as interações entre empresas, clientes e o mercado.

Para além de salvar plantas e animais em extinção, precisamos começar a pensar em sustentabilidade e sobrevivência no longo prazo. De acordo com o físico e ambientalista austríaco, Fritjof Capra, são cinco características básicas que têm papel na sustentabilidade de um ecossistema:

1 – Interdependência

O comportamento de um membro depende de outros, ou seja, o sucesso da comunidade toda depende do sucesso de cada um de seus membros. Num ecossistema de negócios, as empresas precisam se ver como de um todo precisam entender o cenário da maneira mais ampla o possível.

2 – Reciclagem

Um dos principais desacordos entre a economia e ecologia. As atividades econômicas extraem recursos, transformam-nos em produtos (e resíduos) e os vendem para consumidores que descartam ainda mais resíduos. Os padrões sustentáveis de produção de consumo precisam ser cíclicos, imitando os processo cíclico da natureza. Para conseguir esses padrões, precisamos planejar nossas atividades comerciais e nossa economia.

3 – Parceria

Nas comunidades humanas, parceria significa democracia e poder pessoal, pois cada membro da comunidade desempenha um papel importante. Numa parceria verdadeira, ambos os parceiros aprendem. A economia enfatiza a competição, a expansão e a dominação, enquanto a ecologia enfatiza a cooperação, a conservação e a parceria.

4 – Flexibilidade

A flexibilidade de um ecossistema serve para trazer o sistema de volta ao equilíbrio sempre que houver um desvio, devido suas condições mutáveis. No ecossistema de negócios haverá contradições e conflitos que não podem ser resolvidos em favor de um ou outro lado. Precisamos reconhecer que ambos os lados de um conflito podem ser importantes, dependendo do contexto, e que as contradições no âmbito de um sistema são sinal de diversidade de sua vitalidade. Desse modo, em um ecossistema de negócios, a tensão e diversidade trarão soluções mais robustas e interessantes para os beneficiários. A flexibilidade garante o equilíbrio do sistema.

5 – Diversidade

O papel da diversidade estará estreitamente ligado a estrutura em rede do sistema. No ecossistema de negócios, a diversidade significa muitas relações diferentes, muitas abordagens diferentes do mesmo problema. No entanto, se o ecossistema de negócios estiver fragmentado em grupos e em empresas isoladas, a diversidade pode tornar-se uma fonte de preconceitos e de atrito. Porém, se as empresas estiverem cientes da interdependência de todos, a diversidade enriquece todas as relações e, desse modo, cada um dos seus membros e a comunidade como um todo.

Qual a importância dos ecossistemas para o futuro do trabalho?

Foco nas necessidades humanas

O foco nas pessoas está sempre na necessidade e não no canal que o conecta. Por exemplo, elas não querem necessariamente médicos, hospitais e remédios – elas querem saúde e bem-estar. Elas não estão interessadas em minas de carvão ou sistemas de extração de petróleo e gás, elas querem energia e combustível para realizar as tarefas do seu dia a dia. Focando em satisfazer o desejo e as necessidades das pessoas, desenvolvedores, fornecedores e estudiosos criam um ecossistema para entender isso e criar novas soluções e produtos para melhorar a qualidade de vida.

Colaboração para enfrentar os desafios

Muitos ecossistemas se formam para conseguir alguma coisa em conjunto. Um objetivo que está além do alcance de qualquer empresa individualmente se torna mais próximo quando buscado em grupo. Mesmo que alguns de seus membros estejam competindo em seus mercados, todos trabalham para garantir a certificação de padrões estabelecidos, o que proporciona melhoria na eficiência de toda a cadeia de fornecimento, cria uma indústria mais segura e aumenta a confiança dos consumidores.

Criatividade e inteligência das comunidades

As pessoas não são uma ilha. Todas elas desejam pertencer ou ser parte de uma comunidade e fazer uma diferença positiva neste grupo. A tecnologia atual facilita esse processo, e muitos ecossistemas de negócios foram projetados especificamente para nos permitir encontrar e se conectar com nossos grupos. As empresas têm se beneficiado disso, se desenvolvendo com a ajuda de novas comunidades que, muitas vezes, incluem clientes considerados tradicionalmente receptores passivos e que agora passam a ser participantes ativos.

Apoio ao desenvolvimento e aprimoramento de plataformas

Os ecossistemas convidam naturalmente suas comunidades a desenvolver plataformas e soluções cada vez mais poderosas. As empresas passaram a incentivar a colaboração e atualmente, milhões de aplicativos são criados o tempo todo desta maneira, o que produz novas soluções para os consumidores e novas possibilidades para o mercado.

Cooperar para competir

O mundo dos negócios já está acostumado com a ideia de ter clientes, fornecedores, parceiros e concorrentes, mas esta ideia está ultrapassada. Com a Era da Informação, as relações ficaram mais complexas e ambíguas.

Seu concorrente é também seu parceiro, seu cliente pode também concorrer com você. A noção de Ecossistema é cada vez mais crucial no jogo competitivo dos negócios. Acabou a ideia de conglomerados que lideram um setor sozinhos, assim como também acabou ideia de pequenas e médias empresas que sobrevivem atuando isoladas. Existem ecossistemas funcionando nos mercados e é preciso entrar na roda para poder participar.

Empresas bem sucedidas serão aquelas capazes de identificar seus pares, estabelecer alianças, formar ecossistemas e assim construir a inovação no seu mercado, entregando uma experiência melhor para o consumidor. Elas podem se aliar e cooperar diariamente de forma decisiva, como parte do seu modelo operacional, aumentando a capilaridade e poder de atuação do negócio. Isso faz com que a empresa ganhe mais notoriedade e destaque no mercado. Saber forjar essas parcerias e construir seu ecossistema é talvez a mais nova competência crítica dos negócios.

Encontrar o seu ecossistema virou prioridade entre as empresas

Encontrar o seu ecossistema de negócio e descobrir qual a sua função dentro dele virou prioridades entre as empresas. Segundo o professor da USP, Leonardo Gomes, o primeiro passo para identificar o seu ecossistema é pensar no objetivo principal da empresa: se participar de um processo de inovação ou de criar valor a partir de um setor de mercado ou de uma inovação já existente.

Depois, descobrir de quem ela depende para criar valor ou para capturar valor. A última etapa seria identificar as regras invisíveis do ecossistema e ver como ela pode estar inserida. Ecossistemas existem para entregar uma solução para algum problema e necessidade da sociedade.

Gomes ainda afirma que as empresas brasileiras têm certa dificuldade de identificar qual é o seu ecossistema porque são resistentes à ideia de que dependem de terceiros para crescer. Para as grandes empresas, inserir-se em um ecossistema permite que a organização consiga inovar com mais rapidez e com menos custos, enquanto o mercado se desenvolve. Já para os pequenos negócios a vantagem está em ter acesso a recursos dos quais não possuem.

Quais são os 3 pilares do ecossistema empreendedor?

Para um ecossistema empreendedor funcionar plenamente é necessário que os 3 pilares estejam atuantes. São eles:

  • Empreendedores – São os inconformados com o status atual e que desejam solucionar um problema.
  • Conhecimento – É o ensino necessário para que os empreendedores conheçam as ferramentas para solucionar um determinado problema.
  • Investidores – Responsáveis pelo capital necessário para transformar a ideia na prática e elevar o negócio para um nível maior.

 

A maior dificuldade para unir os três pilares em um único ambiente é a necessidade de uma atuação conjunta da sociedade. É preciso de pessoas ativas, que queiram solucionar problemas. Não é uma tarefa simples, mas existem iniciativas que buscam fortalecer o ecossistema empreendedor, inclusive aqui no Brasil.

Quais são os 6 domínios para potencializar a inovação nos ecossistemas empreendedores?

Os ecossistemas de empreendedorismo são formados por um conjunto de elementos inter-relacionados que estimulam a criação e orientam a qualidade dos novos negócios. Tais elementos contribuem para o surgimento de empresas de sucesso, que servirão de inspiração a novos empreendedores.

Em ecossistemas desenvolvidos, essas empresas podem ser caracterizadas como inovadoras, pois possuem o conhecimento aplicado como principal ativo e potencial de alto crescimento e impacto. Daniel Insenberg, da Babson College, define o ecossistema empreendedor em 6 domínios:

1 – Políticas Públicas

Este domínio não está ligado a ideologias ou partidarismo, mas sim ao papel das políticas públicas na facilitação do caminho que já está sendo trilhado pelo ecossistema. Ele visa por meio da diminuição da burocracia e outros obstáculos à atividade empreendedora, a criação e implantação de leis que o favoreçam.

2 – Capital Financeiro

As aceleradoras de recursos financeiros podem auxiliar nesse processo ao proporcionarem aos empreendedores inovadores e suas startups acesso a financiamento inicial, bem como mentoria, capacitação e networking.

3 – Cultura

Divulgar casos de sucesso, promover eventos e reconhecer empreendedores são algumas iniciativas que ajudam a fortalecer uma cultura pró-empreendedorismo.

4 – Suporte

Aqui são contempladas entidades não governamentais de apoio aos empreendedores, profissionais de suporte especializados em startups e condições de infraestrutura. Se encaixam neste domínio parques tecnológicos, incubadoras, aceleradoras e organizações que fomentam o empreendedorismo.

5 – Recursos Humanos

É neste domínio que entram a capacitação de empreendedores e a oferta de trabalhadores qualificados para as startups, contemplando universidades, faculdades e cursos livres ligados ao empreendedorismo e à inovação.

6 – Mercado

O domínio mercado inclui as relações entre startups e grandes empresas, as redes formadas pelos empreendedores e o próprio mercado consumidor em geral. Grandes empresas podem ser fonte de experiência, investimento e contratos, enquanto as redes entre empreendedores permitem aos empreendedores acessarem novas oportunidades e aprendizados.

Iniciativas para fortalecer os diferentes ecossistemas

  • Focar em programas de empreendedorismo e políticas governamentais na consolidação de startups em empresas inovadoras;
  • Priorizar iniciativas públicas que atuem em falhas de mercado explícitas, e quando houver condições e competência para tanto;
  • Difundir um conceito alinhado do que são startups;
  • Promover o envolvimento de grandes corporações e outras organizações estabelecidas com o empreendedorismo inovador regional, via programas de conexão e conteúdo;
  • Incentivar a internacionalização;
  • Conectar mais intensamente incubadoras com o restante do ecossistema, e vice-versa.

 

O que os ecossistemas nos ensinam?

Os ecossistemas nos ensinam que a construção de um modelo de expansão tem que considerar a agilidade, diversidade dos formatos de atuação, alianças estratégicas que geram valor, dinâmica de otimização dos custos e maior seletividade e produtividade dos investimentos.

O mais importante ressaltar é que a consciência de uma ampla base de clientes e múltiplos pontos de contato sejam as soluções mais eficazes para a expansão de uma organização que pretende prosperar. Criar sinergias sustentáveis para o negócio garante a longevidade dele.

Outro ensinamento é o que sempre podemos exponenciar mais os negócios do que já fazemos, ampliando sua atuação, diversificando sinergicamente, com novos modelos e formatos. Não importa o tamanho do negócio, importa a visão estratégica de atuação e expansão.

Ecossistemas: um paralelo do ambiente econômico dos negócios

A ideia de fazer um paralelo do ambiente econômico dos negócios com o ecossistema natural aparece de forma bastante evidente nos estudos acerca do comportamento organizacional. Desde então, o termo ecossistema vem moldando diversas novas
abordagens sobre o arranjo industrial no domínio econômico, sobre negócios em geral, negócios digitais e sistemas de inovação tecnológica.

A abordagem do ecossistema empreendedor tenta superar análises e compreensões segmentadas e limitadas acerca do empreendedorismo, pois na perspectiva de um ecossistema, a multiplicidade e dinâmica de interações neste tecido complexo e aberto revelam possibilidades de intervenções de melhoria de desempenho mais efetivas para as realizações dos empreendedores.

Neste contexto dos ecossistemas, a força do coletivo conectada por um propósito é uma oportunidade de mão dupla. As empresas criam impactos e ecos positivos em diversas esferas, incluindo os colaboradores.

O ideal é que os colaboradores também sejam conscientes sobre a importância de uma participação ativa no negócio. Além de serem essenciais para que os processos aconteçam adequadamente e para que o negócio evolua e cresça, os profissionais também participam das realizações da empresa em benefício da sociedade.

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