Diversidade: Como Promovê-la Dentro Das Organizações

A chegada das novas gerações ao mercado de trabalho provocou muitas mudanças. Os profissionais de hoje estão se posicionando e se expressando cada vez mais. Eles são inquietos, curiosos e ávidos por trazer pluralismo para o dia a dia do trabalho. Agora mais do que nunca, são abordados temas como acessibilidade, empoderamento e diversidade são pauta dentro e fora das empresas.

Hoje priorizar a diversidade nas empresas não é mais uma alternativa e sim uma necessidade de um mercado que é cada vez mais global, sem fronteiras e multicultural. Foi-se o tempo em que os talentos de uma organização tinham que se encaixar nela. Mas não adianta falar em diversidade e não vivê-la.

Diversidade engloba a percepção das diferenças entre as pessoas e envolve raça, etnia, gênero, idade, habilidades físicas e mentais, orientação sexual, religião, peso e aparência. Ela pode absorver também os atributos que definem a identidade e a forma de interagir e se relacionar das pessoas.

Ao trazer este conceito para dentro das organizações, diversidade significa a criação de um ambiente de trabalho que acolha todos os colaboradores, favorecendo o clima e a convivência. Dessa maneira, não tem como trabalhar a gestão da diversidade na organização, a não ser que ela seja um dos valores da instituição.

O que é diversidade nas organizações?

Como vimos a diversidade nas empresas é acolher uma pluralidade de perfis comportamentais, sociais e culturais distintos, que pode envolver raça, religião, capacidade física, idade, gênero, estado civil e conceitos ideológicos, criando uma ambiente de trabalho cada vez mais rico.

Contudo, essa pluralidade nas organizações não significa dar prioridade no momento da seleção para alguns grupos de pessoas, mas sim levar em consideração a não distinção de ideias e culturas, respeitando as decisões de cada indivíduo.

Essa contratação precisa ser vantajosa para ambas as partes. Isso significa que a organização e o contratado precisam estabelecer uma parceria de colaboração mútua, em que consigam perceber que os dois lados estão agregando e recebendo valor.

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Como surgiu o tema diversidade nas empresas?

O assunto surgiu nos anos 90, quando o avanço da globalização econômica promoveu mudanças significativas nas organizações, em especial na cultura e na comunicação nas empresas.

A tecnologia encurtou as distâncias e promoveu novos desafios para as companhias, que precisavam se comunicar e vender para um mercado muito diversificado. A questão era: como vender para culturas diversificadas, inovar, se comunicar, compreender toda essa gente e antecipar demandas se o time de trabalho não for representativo?

E foi diante dessa realidade que políticas de diversidade ganham importância e se espalharam pelo mundo. No Brasil, apesar de termos uma cultura diversa, as primeiras experiências efetivas de diversidade vieram de empresas norte-americanas. Essas organizações replicavam nas filiais brasileiras os processos da matriz, desconsiderando as especificidades da cultura local.

Com o passar dos anos, o entendimento do setor de Recursos Humanos foi se aperfeiçoando no tema, até chegar nos modelos de processos adotados hoje, que já inclui a cultura regional.

Quais são os principais tipos de diversidade?

Ao contrário do que muitos imaginam, a inclusão não está representada somente pela inserção de profissionais de diferentes raças e gêneros em uma companhia. A diversidade nas empresas engloba diferentes histórias, culturas, raças, orientações sexuais, idades, crenças, regiões, gêneros e pessoas com necessidades especiais.

Essas pessoas trazem para a empresa uma variedade de conhecimentos e vivências únicas que podem ser aplicados no ambiente organizacional. Mas é importante afirmar que muito mais do que preencher uma tabela de cotas, a diversidade nas organizações deve ser compreendida como a capacidade de interação com pessoas e culturas diferentes em busca de resultados produtivos para a organização.

Qual o papel das empresas em nome da diversidade?

As empresas possuem papel fundamental na construção de um mundo mais igualitário, e engana-se quem acha que essa função é apenas do departamento de RH. Toda a organização deve trabalhar em prol da diminuição da desigualdade de gênero, do preconceito quanto a orientação sexual e racismo, visto que todo e qualquer profissional, desde que qualificado para a vaga em questão, merece a chance de ser contratado.

Mesmo assim, a gestão da diversidade ainda é um conceito pouco utilizado entre as empresas no Brasil. Há uma grande necessidade da implementação de políticas, mudanças organizacionais, comunicação mais assertiva, investimento em iniciativas de apoio e o olhar atento dos demais colaboradores. Os gestores devem estar cientes que a prática de promover os menos favorecidos, precisa ser urgentemente desenvolvida. E o mais importante: inclusão não é caridade, mesmo que a organização que promova a igualdade seja vista pela população como socialmente responsável.

Uma ótima alternativa para que a gestão da diversidade realmente possa acontecer no dia a dia de uma empresa é realizar treinamentos, elaborar programas e apresentar aos colaboradores a maneira como todos devem ser tratados. Com isso, a organização apresenta a seus profissionais, clientes, fornecedores e toda a sociedade, que as diferenças entre os grupos existe, mas isso, além de não ser um problema, também é valorizado.

Outro ponto é saber que reconhecer e valorizar os grupos de minoria, demonstra que a organização está disposta a criar um ambiente plural e aprecia o seu colaborador por conta da sua competência, pois isso aumenta a criatividade, a produtividade, gera desenvolvimento de habilidades e crescimento profissional ao colaborador.

Qual a sua importância nas empresas?

Com um quadro de profissionais diversificado, a empresa tem equipes flexíveis e capazes de entender as necessidades da sociedade, criando assim, estratégias assertivas na hora de desenvolver produtos e serviços vendáveis. Com isso, a empresa abre novos nichos de mercado e garante vantagem competitiva em relação às demais. Além do mais, com um ambiente plural, a rotatividade de colaboradores diminui.

A diversidade nas organizações é importante para:

  • promover um ambiente de trabalho saudável;
  • favorecer a troca de experiências entre diferentes perfis profissionais;
  • promover a motivação;
  • aumentar a produtividade;
  • elevar a competitividade da empresa no mercado;
  • dar um novo significado para a sociedade na qual está inserida;
  • gerar mais valor para os serviços e produtos da organização.

 

Quais são seus benefícios nas organizações?

  • Crescimento do capital intelectual da empresa;
  • Melhores resultados para a organização;
  • Clima organizacional mais favorável;
  • Diminuição da rotatividade de pessoal;
  • Time mais criativo.

 

Como implantar um programa de diversidade nas organizações?

Para começar um programa de diversidade nas organizações é necessário planejamento, visão de longo prazo para a sustentabilidade do negócio e acompanhamento. Enumeramos seis passos que irão ajudar você na hora da implementação:

1. Tenha a liderança como aliada

É primordial que as lideranças (incluindo o CEO) estejam envolvidos na implementação e na manutenção de ações voltadas para a inclusão nas empresas. Isso porque esses devem ser os embaixadores da diversidade na organização, e a postura e o exemplo deles será responsável por estruturar todo o projeto.

2. Crie programas e políticas para a diversidade na empresa

Criar programas de diversidade na empresa é essencial para atrelar as ações à estratégia da organização. Todos os direcionamentos devem estar em sintonia com os valores da companhia e com diretrizes capazes de serem efetivadas. O segredo é fazer um bom planejamento.

3. Eleja um responsável para o acompanhamento das ações

Todo projeto precisa de acompanhamento e monitoramento. Para tanto, é preciso nomear um profissional para essa tarefa que, entre outras funções, possa atuar como promotor do assunto. É importante que essa pessoa seja comprometida com a causa e que tenha a responsabilidade necessária para conduzir as ações e promover uma força de trabalho diversificada e inclusiva.

4. Crie métricas para monitoramento

Como todo tipo de programa, neste também é preciso analisar todos os profissionais na empresa e seguir com a verificação das etapas do ciclo de permanência do funcionário na instituição. Isso inclui verificar promoções, remuneração, análise de índices de turnover, níveis hierárquicos e avaliações de desempenho. Dessa forma, ter métricas favorece o sucesso do seu programa de diversidade e inclusão.

5. Fique atento à diversificação das contratações

Conquistar a diversidade nas organizações apenas é possível com contratações de perfis profissionais mais diversificados. Estabeleça parcerias com instituições de ensino e de acolhimento a causas relacionadas. Também é importante divulgar as vagas em grupos de trabalho orientados para a diversidade.

6. Mantenha uma comunicação honesta

É fundamental apostar em uma comunicação aberta e franca, com o compartilhamento de informações e metas sobre diversidade com todos que fazem parte da organização. Dessa forma, as equipes saberão onde estão e aonde precisam chegar.

Quais são os desafios atuais da diversidade nas empresas?

O Brasil é formado por várias raças e etnias, que trouxeram com elas uma ampla variedade de culturas. Por isso, o respeito às diferenças já deveria ser algo implícito na nossa sociedade, mas infelizmente não é assim. A verdade é que a diversidade nas empresas ainda está longe de ser uma realidade que possa ser comemorada. Em nosso país, idosos, negros e pessoas LGBTs sofrem discriminação ainda nos processos seletivos. Mas, as dificuldades não param por aí.

De acordo com levantamento realizado pelo Instituto Ethos com 500 empresas brasileiras, somente 2% dos funcionários das companhias brasileiras são pessoas com deficiência. As mulheres ocupam apenas 13,6% das vagas executivas e recebem, em média, 30% a menos que os homens nas mesmas posições. A pesquisa também evidencia que apenas 4,6% de brasileiros negros ocupam cargos executivos, além de não existir executivos indígenas nas empresas pesquisadas.

Para reverter essa realidade, as organização devem trabalhar com o objetivo de reduzir essas desigualdades, pois essa não é uma missão apenas do setor de RH, mas de todos que fazem parte da empresa, em especial, dos CEO’s.

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Quais são os erros de gestão da diversidade que devem ser evitados?

Alguns erros podem comprometer as ações envolvendo a diversidade nas empresas. Listamos os mais comum para ajudar você a evitá-los.

Ignorar o treinamento da equipe

Quando o ambiente é hostil e não recebe bem o que é considerado “diferente”, as chances dos esforços serem perdidos são maiores, além de existir uma forte frustração por parte de todos os que acreditaram que seriam acolhidos pela instituição. Sendo assim, é fundamental criar políticas que englobem treinamento e desenvolvimento dos colaboradores a fim de que todos estejam mais preparados para receber os novos colegas.

Ignorar a necessidade de uma comunicação eficiente

A comunicação nas empresas deve ter o objetivo de alinhar as informações da melhor forma, pois essas precisam chegar de forma clara para todo o público de relacionamento do negócio. Quando a comunicação é falha, pode prejudicar a imagem da organização causando transtornos.

Não monitorar as ações

A falta de monitoramento faz com que os processos se percam, prejudicando o futuro das políticas de diversidade na empresa. Assim, um eficiente monitoramento é essencial e deve integrar as ações da empresa.

Qual a importância de priorizar o potencial do profissional?

O ambiente empresarial sempre foi muito pragmático, já que perfis profissionais semelhantes eram vistos como mais fáceis de serem gerenciados, e isso era uma facilidade para alcançar as metas.

Recentemente as mudanças na economia e no perfil dos novos trabalhadores têm exigido algumas adequações. Com isso, o que antes era visto como um “perfil padrão” nas organizações perdeu espaço para a diversidade.

O mais importante é que quando o assunto é diversidade nas empresas, devemos priorizar o potencial do profissional, pois é preciso respeitar as diferenças e aproveitar o melhor de cada um.

Dessa maneira, o primeiro passo para promover a inclusão nas organizações é justamente enxergar o potencial latente nas diferenças. Visões diversificadas podem contribuir para os processos de inovação e produtividade da companhia. Assim, é preciso respeitar os pensamentos e as pessoas com culturas e valores diferentes, já que as equipes mais diversas são mais criativas e inovadoras.

É preciso engajar as lideranças para que eles também sejam defensores da diversidade e possam influenciar positivamente os demais colaboradores, dando o exemplo em suas atitudes diárias.

Com a implantação da diversidade nas empresas, a organização tem a oportunidade de alcançar mercados potenciais, conquistar novos consumidores e ampliar sua marca. Ou seja, a diversidade colabora para que o desempenho seja melhor e os resultados da companhia maior — tanto do ponto de vista financeiro quanto cultural.

Apesar de não ser uma tarefa fácil promover e implementar a diversidade nas organizações, como podemos ver, esse deve ser um desafio de todos dentro da instituição, e não somente do setor de RH.

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